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CLAUDIO DOS ANJOS SALVADORE LTDA
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Nova Linha de Crédito Imobiliário:
Governo Anuncia Medidas para Ampliar Acesso à Classe Média

Em um esforço para impulsionar o setor imobiliário e facilitar o acesso à casa própria para a classe média, o Governo Federal anunciou, no final de outubro, um novo modelo de financiamento habitacional que promete injetar bilhões de reais no mercado.

A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial da União em 9 de outubro, representa uma das atualizações mais significativas no crédito imobiliário nos últimos anos, com transição gradual iniciando ainda em 2025.

De acordo com o Ministério da Fazenda e o Banco Central, as mudanças permitem que até 5% dos saldos de poupança sejam deduzidos dos compulsórios (recursos retidos no BC) quando utilizados em operações de crédito imobiliário. Isso deve viabilizar R$ 111 bilhões em recursos no primeiro ano, sendo R$ 52,4 bilhões adicionais em relação ao modelo atual, com R$ 36,9 bilhões liberados de forma imediata.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que a iniciativa, combinada com captações no mercado pelas instituições financeiras, evitará elevações nas taxas de juros dos financiamentos.

Principais Mudanças no Financiamento

  • Aumento do Teto de Valor dos Imóveis: O limite para financiamentos no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que beneficia a classe média, subiu de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Isso abre portas para imóveis de padrão médio em regiões urbanas mais valorizadas.

  • Financiamento de Até 80% do Valor: A Caixa Econômica Federal, líder no mercado com cerca de 70% dos créditos, retomará a oferta de financiamento de até 80% do valor do imóvel via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Anteriormente, esse percentual havia sido reduzido devido à escassez de recursos.

  • Nova Linha para Reformas: Integrada ao Programa Minha Casa, Minha Vida (dentro do Novo PAC), há uma linha específica para reformas de moradias de baixa renda, com valores entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, juros reduzidos e prazos de 24 a 60 meses.

  • Impacto Estimado: As alterações devem permitir o financiamento de 80 mil novos imóveis pela Caixa, expandindo investimentos na construção civil e gerando empregos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a sustentabilidade do modelo, resultado de diálogo com o setor financeiro.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, reforçou, em evento em 23 de outubro, que o Brasil se prepara para um "salto" no crédito imobiliário, elevando sua participação no PIB de 10% para até 20% em dez anos. Em 2025, o primeiro teste incluirá a liberação de R$ 30 a 40 bilhões equivalentes a 5% dos compulsórios, testando o novo mecanismo de equalização que usará 100% do estoque de poupança para baratear operações no mercado de capitais.

Contexto e Perspectivas para 2026

Apesar do otimismo com as novas regras, o setor enfrenta desafios como a redução nos depósitos de poupança (queda de 6,5% desde 2021, para R$ 749,6 bilhões) e a Selic em 10,5% ao ano, que desvia investimentos para opções mais rentáveis. A Abecip estima uma retração de 10% a 17% nas concessões de crédito via SBPE em 2025, para R$ 150-160 bilhões, após recorde de R$ 312,4 bilhões em 2024. No entanto, as medidas governamentais visam mitigar isso, com plena vigência prevista para janeiro de 2027.


As taxas de juros atuais para financiamentos variam de 11,29% a 12,50% + TR ao ano nos principais bancos (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander), dependendo do perfil do cliente e relacionamento bancário. Especialistas recomendam simulações personalizadas e consideração de consórcios como alternativa para planejamento.


Essa atualização reforça o compromisso do governo em tornar o sonho da casa própria mais acessível, especialmente em um cenário de inflação e juros elevados. Fique atento ao nosso informativo para mais análises e dicas sobre como se beneficiar dessas mudanças.


3 de dezembro de 2025

Fontes Oficiais Consultadas:

  • G1 (Globo) – Cobertura em tempo real do anúncio.
  • Portal da Casa Civil e Ministério da Fazenda – Comunicados oficiais.
  • Abecip – Dados de mercado e projeções.
 




Sinduscon-RS divulga CUB de outubro de 2025, com alta nos custos da construção civil no Rio Grande do Sul


O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) anunciou nesta segunda-feira o Custo Unitário Básico por metro quadrado (CUB/m²) referente a outubro de 2025, calculado com base na Norma Brasileira de Regulamentação (NBR 12.721/2006).


O índice, principal referência para orçamentos e reajustes no setor imobiliário gaúcho, reflete um cenário de recuperação gradual na construção civil, impulsionado por demandas residenciais e comerciais, mas ainda impactado por flutuações nos preços de insumos.



De acordo com o relatório, os custos médios de construção variaram positivamente no mês, com destaque para aumentos em materiais essenciais. Os itens que mais pressionaram o índice incluem: bancada de pia de mármore branco (alta de 5,05%), janela de correr em ferro (3,65%), tinta látex PVA (3,04%), brita nº 2 (2,65%), tubo de PVC-R para esgoto (2,31%) e tubo de ferro galvanizado (1,75%). Esses reajustes são atribuídos à volatilidade no mercado de commodities e à logística regional, agravada por eventos climáticos recentes no Sul do país.


O CUB/RS é segmentado por padrões de acabamento e projetos, com a categoria R8N (residencial de padrão médio, 8 pavimentos) sendo a mais consultada para contratos imobiliários. O valor exato por m² para essa categoria não foi detalhado no anúncio inicial, mas o índice acumulado no ano indica uma elevação de cerca de 5,5% em relação a 2024, alinhando-se ao Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) da FGV, que registrou 0,44% em novembro para Porto Alegre.


Especialistas do setor veem no CUB um termômetro para o mercado imobiliário gaúcho, que em 2025 tem mostrado sinais de aquecimento com a retomada de lançamentos em Porto Alegre e região metropolitana. "Esses índices ajudam a planejar investimentos, mas os construtores precisam monitorar a inflação de materiais para manter a competitividade", comentou o presidente do Sinduscon-RS, João Carlos Dall'Asta, em entrevista à Agência CBIC.


O relatório completo, incluindo composições detalhadas de custos (materiais em 60% e mão de obra em 40%), está disponível no site do Sinduscon-RS. Para dezembro de 2025, a divulgação está prevista até 5 de janeiro de 2026. O setor espera que os próximos meses tragam estabilidade, com o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) do IBGE apontando variação de 0,25% em novembro nacionalmente, e custo médio de R$ 1.882,06/m².

Essa atualização reforça a importância do CUB para o mercado imobiliário, servindo como base para financiamentos e negociações em um ano de crescimento moderado na construção civil sulista.

Porto Alegre, 10 de Dezembro de 2025